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Entrevista Rafael Cury – Idealizador do Congresso Diálogo com o Universo

Durante o “29º Congresso Diálogo com o Universo”, tivemos a oportunidade de conversar com o seu idealizador, Rafael Cury, que completou no dia 8 de fevereiro de 2018, 36 anos como pesquisador do fenômeno UFO.

Rafael nos conta sobre sua trajetória à frente de quase 100 edições destes eventos, que além de Curitiba, já foram realizados em Brasília, Porto Alegre, São Paulo e no Rio de Janeiro, confiram:

 

COSMOPOLITAS: Como surgiu o Congresso Diálogo com o Universo?

RAFAEL: Na verdade a nossa instituição, que está completando 36 anos, optou por se dedicar a divulgação do fenômeno UFO, inicialmente nos idos dos anos 80 e nós criamos naquela época um outro evento que era o “Congresso Brasileiro de Ufologia Científica”. Tivemos se não me falha a memória, 38 edições e num determinado momento a gente viu a necessidade da junção de Ufologia, Ciência e Espiritualidade, um novo formato. E aí foi a criação do Diálogo com o Universo, hoje na sua 29ª edição. Então já realizamos quase 100 edições desses eventos. A idéia é que essas áreas se complementam. A grande pergunta é, o que a ciência pode fazer pela espiritualidade e o que a espiritualidade pode fazer pela ciência? Ciência e espiritualidade devem caminhar lado a lado, senão, não creio que haverá um futuro para a nossa humanidade.

 

COSMOPOLITAS: Quem são os idealizadores do Congresso?

RAFAEL: Eu sou um centralizador, eu criei o Núcleo de Pesquisa Ufológica em 1982 e depois cerca de quase 10 anos criamos o Instituto Galileo Galilei, que tem uma série de atividades, não são só eventos, nós temos uma revista, que é a Consciência Política, estamos militando na questão do meio-ambiente, da paz, então eu tenho uma modesta equipe, mas eu praticamente sou o idealizador, o centralizador dessas organizações.

 

COSMOPOLITAS: Quais são os objetivos do Congresso?

RAFAEL: Nós temos aqui uma variedade de temas, você acabou de assistir o depoimento de uma pessoa que teve experiências com o fenômeno UFO, a gente fala desde terapias alternativas, o mundo da espiritualidade, fenômenos paranormais, a própria Ufologia. Atualmente um tema muito forte do nosso congresso é a Saúde Quântica, é um tema que está dominando muito. A gente tem uma variedade e muitos desses temas se interligam, se entrelaçam, se complementam e a gente tem tido sucesso nesse modelo, as pessoas tem buscado muito essa questão da junção dessas áreas, da ciência, da ufologia, da espiritualidade então esse é o nosso objetivo aqui no Diálogo.

 

COSMOPOLITAS: Com relação ao perfil do público do congresso, você percebe algum padrão?

RAFAEL: Sempre inovando, nós temos pessoas aqui que estão a 30 anos participando, como tem pessoas que estão começando agora, jovens, pessoas idosas, não tem assim, seletivamente não há uma preferência desse ou daquele público, são pessoas que buscam melhorarem suas vidas, através da espiritualidade, buscarem um conhecimento para a compreensão desse universo que esta aí afora. Nós temos variedades de culturas, de segmentos religiosos, temos budistas, evangélicos, temos católicos, espíritas, então esse é o nosso perfil assim bem eclético.

 

COSMOPOLITAS: Há quanto tempo o Congresso é realizado? 

RAFAEL: Desde 1982, com essas mudanças de títulos, mas eu completei agora dia 08 de fevereiro de 2018, 36 anos como pesquisador do fenômeno UFO. Muita gente, que tem um pouquinho de mais idade vai lembrar que no dia 08 de fevereiro de 1982 aconteceu aqui no Brasil um dos casos mais famosos da Ufologia, que foi o Vôo 169 da VASP, um vôo comercial que foi acompanhado por um UFO. Então aquele caso em si me despertou para esse tema e eu me tornei um pesquisador e principalmente um organizador desse tema.

 

COSMOPOLITAS: O Congresso possui formato semestral, anual, como funciona?

RAFAEL: Ele é praticamente anual, mas existem algumas situações em que a gente chegou a fazer dois eventos por ano, digamos que 80% dos eventos realizados foram em Curitiba, mas a gente já fez o Diálogo itinerante em Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, mas basicamente o do carnaval é tradicional já há mais de 20 anos.

 

COSMOPOLITAS: Você poderia citar alguns palestrantes que já passaram pelo Congresso e os temas abordados?

RAFAEL: Nós tivemos centenas deles, só a nível internacional foram mais de 100 nomes. Podemos destacar assim as nossas atividades, desde o astronauta Edgar Mitchell que pisou na Lua, tivemos físicos nucleares, pilotos de caças, cientistas, astrofísicos, tivemos grandes nomes da espiritualidade dentro das mais variadas religiões, artistas à exemplo de Elba Ramalho, Carlos Vereza e tantos outros. Tivemos algumas centenas de nomes consagrados nesse meio.

 

COSMOPOLITAS: Como você percebe a recepção das pessoas com relação a alguns temas mais polêmicos tratados pelo congresso?

RAFAEL: Olha, a gente tem assim dentro do congresso pessoas um pouco mais esclarecidas, a gente vê uma manifestação desse conhecimento das pessoas, já vimos embates entre público e conferencistas, mas uma boa parte é leiga, então ainda não tem uma formação predominante, mas é interessante que você estimula as pessoas a buscarem conhecimento. Eu costumo dizer como conferencista, não como organizador de eventos, de que nós fomos dotados de uma certa inteligência, podemos discernir o certo do errado,  sim ou não, então eu peço sempre ao final das minhas palestras que todos saiam dali não acreditando naquilo que eu falei, mas saiam pesquisadores do que eu falei, busquem o seu conhecimento, e tenham muita cautela porque com o advento da internet a gente tem muito lixo de informação que a gente tem que tomar cuidado.

 

COSMOPOLITAS: Que mensagem você deixaria para as pessoas?

RAFAEL: Eu gosto de contar uma historinha…

Um índio e um branco andavam por uma praia e num determinado momento o índio fez um círculo na areia, apontou para dentro do círculo e falou para o branco:

“Isso aqui é o mundo que o índio conhece”.

O branco na sua arrogância tradicional, claro, foi lá e fez um maior em torno daquele né, apontou para dentro daquele circulo maior e falou:

“Esse é o mundo que o branco conhece”

E o índio na sua simplicidade foi lá e fez um maior ainda em torno daqueles dois círculos, apontou para dentro do círculo e falou:

“Esse é um mundo que índio e branco ainda não conhecem.”

Então essa é a minha mensagem, nós temos muita coisa a aprender e muito conhecimento a adquirir ainda.

 

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Leia também a cobertura completa do 29º Congresso Diálogo com o Universo.